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Rio de Janeiro / Volta Redonda

THIAGO ELNIÑO

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As rimas de cura

O rapper Thiago Elnino é a nova grande novidade da cena hip hop brasileira.

Com originalidade, suas músicas abordam questões raciais e sociais no contexto urbano, principalmente através de rimas maravilhosamente alinhadas com sua capacidade de brincar com as palavras. Ele se destaca como uma ponte que permite a travessia e o encontro entre passado, presente e futuro.

O  álbum '  Pedras, Flechas, Lanças, Espadas e Espelhos(2019) é um pedido de desculpas pelas armas e instrumentos de trabalho usados ​​por alguns Orixás. Em meio a tanto ódio, o álbum aponta para outro caminho. Um caminho de comunhão entre os negros para alcançar um diálogo aberto. Thiago usaria todas as armas necessárias, como Malcolm X apontou em um de seus discursos, como forma de atingir esses objetivos.

Ele descreve a música negra brasileira contemporânea como um guia de cura. Das experiências salgadas que assolam a sociedade negra, Thiago subverte o sal. Do ardor, o sal se torna a substância preservada, o anti-séptico e o curador.

A poesia de Elniño acessa as questões sobre racismo, masculinidade tóxica e violência institucional com o objetivo de atingir o coração daqueles que lutam por dias melhores.


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Estilo:   Afro, afro-futurista, Funk BR, Hip Hop , Black Music , Afrobeat 

Territórios: Mundo

Pax : 5

Gravadora: Independente

O rapper fluminense Thiago Elniño lançou nas plataformas digitais o terceiro álbum da carreira,Correnteza.O disco apresenta 11 faixas e chega acompanhado do clipe feito para a música “Dia de Saída”, parceria com o músico pernambucano Zé Manoel.

O single traz uma representação sobre como o mundo enxerga a população preta e sua cultura, além de chamar por dias melhores.

“Esse é um momento onde temos poucas perspectivas enquanto humanidade. Ainda assim, você tem que entender que as coisas podem dar errado dando certo, ou dando o menos errado possível, e a única opção que a gente tem é seguir em frente tentando estar o melhor que pudermos. Nesse momento, precisamos ser correnteza,” afirma Thiago, que também é pedagogo e vê o movimento das águas como símbolo de força e perseverança.

O novo trabalho de estúdio está permeado por referências da cultura negra, como o afrobeat de Fela Kuti, o samba e a música de terreiro.

“Fela Kuti é meu maior ídolo na música. Em ‘Correnteza’, acredito que, enfim, essa influência se mostrou de forma mais direta na sonoridade,” diz Thiago, que busca incorporar outros gêneros ao rap.

Anteriormente, o artista havia lançado o álbum Pedras, Flechas, Lanças, Espadas e Espelhos(2019). Elniño estreou em 2017 com o disco A Rotina do Pombo.

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