

Lia de Itamaracá
PERNAMBUCO / CIRANDA RECORDS
A RAINHA DA CIRANDA
Ícone da ciranda no Brasil, patrimônio vivo da cultura de Pernambuco, Lia lançou recentemente seu novo álbum e agora circula com um show com suas composições, de autores da música popular brasileira e de domínio público.
Seu lendário álbum “ Ciranda de Ritmos” dona Lia já circulou por quase todo o Brasil e esteve três vezes na Europa, promove um encontro entre coco, maracatu, frevo, maxixe e ciranda. Lia se apresenta de maneira inédita, e surpreende não apenas com seu repertório a Rainha da Ciranda, mas também como intérprete composições de Lia, como “Moça Namoradeira” e “Santa Tereza”, além de canções de Bezerra do Sax, Baracho e Capiba, e clássicos da MPB de Dorival Caymmi, Clementina de Jesus, Martinho da Vila e
Chico César.

Dona Lia é uma mulher deslumbrante, cento e oitenta centímetros de altura, dedos longos, voz forte e sorriso largo, Maria Madalena Correia do Nascimento transformou sua ilha natal de Itamaracá, no litoral norte de Pernambuco, em seu sobrenome artístico. Ela se tornou "Lia de Itamaracá" aos 12 anos, quando começou a participar do "Ciranda". O "Ciranda" é uma manifestação cultural marcada por uma dança na qual as pessoas dão as mãos e se move ritmicamente e harmoniosamente, formando um grande círculo. "Perdi a conta de quantas vezes fui à praia de Jaguaribe para cantar e dançar ciranda", lembra. "Mas foi lá que o desejo de se tornar uma cirandeira, a pessoa que anima e anima a ciranda".
A Lia de Itamaracá (75 anos), nasceu e sempre viveu na Ilha de Itamaracá. A cantora, compositora e dançarina é um ícone da cultura nordestina, figura chave da ciranda no Brasil e patrimônio vivo do Estado de Pernambuco.
Influenciou a música de Chico Science & Nação Zumbi e da geração manguebeat, foi homenageada por Paulinho da Viola com os versos “Eu sou Lia da beira do mar, morena queimada do sal e do sol, da Ilha de Itamaracá”, na composição Eu Sou Lia.
No Brasil Lia teve seu nome citado em versos dos compositores pernambucanos Lenine e Otto, e críticos de música a comparam a Clementina de Jesus.
Em 2000, saiu seu álbum Eu Sou Lia, lançado pela Ciranda Records e reeditado pela Rob Digital, cujo repertório incluía coco de raiz e loas de maracatu, além de cirandas acompanhadas por percussão e saxofone. O álbum acabou sendo distribuído na França por um selo de world music e a voz rascante de Lia chamou a atenção da imprensa internacional, que começou a batizar suas canções de trance music, numa tentativa de explicar o “transe” que o som causava no público.
